O Campeonato Brasileiro 2017 chegou ao fim nesse domingo (3). Após aproximadamente sete meses, acompanhamos a 38ª rodada. E se não havia mais disputa pelo título, já que o Corinthians sagrou-se campeão há duas rodadas, ainda havia vagas na Libertadores, Sul-Americana e a briga para fugir do temido rebaixamento.
Durante esses meses de competição, tivemos vários jogos, lances e acontecimentos que marcaram o ano de 2017. Entretanto, gostaria de me ater às campanhas dos times e fazer uma retrospectiva/análise do desempenho de algumas equipes.
A classificação final do Brasileirão pode ser acessada nesse link: https://www.tabeladobrasileirao.net/.
Título – Corinthians
O Corinthians surpreendeu e conseguiu o sétimo título brasileiro. Antes chamada de quarta força de São Paulo, a equipe corintiana fez um primeiro turno próximo da perfeição e conseguiu abrir uma vantagem importante. O rendimento caiu no segundo turno, mas por incompetência dos adversários (o fato de Santos e Grêmio terem priorizado a Libertadores também contribuiu) e pela subida de produção nas últimas rodadas, conseguiu garantir o título. Cássio, Balbuena, Romero e Jô foram os grandes destaques do Corinthians.
Libertadores – Palmeiras, Santos, Grêmio, Cruzeiro e Flamengo
Teoricamente, apenas os quatro primeiros colocados do Brasileirão se classificam direto para a fase de grupos da Libertadores 2018. Porém, o Grêmio e o Cruzeiro já têm vagas asseguradas por terem sido campeões da Libertadores deste ano e da Copa do Brasil, respectivamente. Por isso, o Flamengo, sexto colocado, herda a vaga.
Palmeiras e Flamengo tinham o melhor elenco do Brasil. Antes do campeonato, sempre estavam entre os favoritos. O Flamengo ainda pode “salvar” o ano, se for campeão da Sul Americana. Já para o Palmeiras, mesmo com a segunda colocação no Brasileirão, o ano de 2017 pode ser considerado um fracasso.
O Santos e o Grêmio brigaram pelo título e pela segunda colocação até o momento que precisaram decidir qual competição priorizar, a Libertadores ou o Campeonato Brasileiro. Obviamente, priorizaram a competição sul-americana e quem se deu bem foi o Grêmio, que conquistou o título. A segunda colocação caiu no colo do Palmeiras.
Pré-Libertadores – Vasco e Chapecoense
O Atlético-MG também pode entrar nesse grupo, caso o Flamengo seja campeão da Copa Sul-Americana. Como o Flamengo teria uma vaga direta para a Libertadores, o Vasco herdaria a vaga conquistada pelo maior rival no Brasileirão e também entraria direto na fase de grupos.
Até a chegada de Zé Ricardo ao comando do time, o Vasco era um time em que todos apostavam que brigaria para não cair. Em baixa após ser demitido do Flamengo, Zé Ricardo conseguiu fazer um trabalho de recuperação, tanto na tabela, quanto de alguns jogadores, primoroso, ele conseguiu colocar o Vasco na Libertadores.
Sobre o ano da Chapecoense, falo no fim do texto.
Copa Sul-Americana – Atlético-MG, Botafogo, Atlético-PR, Bahia, São Paulo e Fluminense
O Flamengo sendo campeão da Sul-Americana e o Galo herdando a vaga na Pré-Libertadores, o Sport, 15º colocado no Brasileirão, assumiria a última vaga brasileira para a disputar a Sul-Americana.
O São Paulo e o Bahia passaram praticamente o campeonato todo lutando contra o rebaixamento. A vaga na Sul-Americana, principalmente para o São Paulo, é um presente de natal maior do que o esperado.
A análise sobre o ano do Atlético-MG é simples. Volte alguns parágrafos no texto, leia o que escrevi sobre o Palmeiras e o Flamengo, e substitua por Atlético-MG. Com o elenco que tinha, o ano de 2017 pode ser considerado um fracasso, mas se a vaga na Libertadores vier (já vejo atleticanos acendendo vela para o Flamengo ser campeão), será um excelente presente de natal para os atleticanos.
Atlético-PR e Fluminense não tinham elencos fortes suficientes para brigarem pelo título, mas também não tinham elencos tão ruins para serem rebaixados. O Atlético-PR ainda ficou na parte de cima da tabela enquanto conseguiu manter o time titular saudável, mas quando precisou do elenco todo, caiu de produção. Já o Fluminense, precisa fazer uma estátua para Abel Braga. Com um elenco jovem, inexperiente e perdendo um jogador atrás do outro (vendidos para o exterior ou por contusão), Abel conseguiu fazer o time jogar e classificar para a Sul-Americana.
O Botafogo ficou praticamente o campeonato todo na zona de classificação para a Libertadores e quando precisou ser eficiente, para garantir a classificação, decepcionou. A derrota em casa para o lanterna Atlético-GO cobrou seu preço.
Rebaixados – Coritiba, Avaí, Ponte Preta e Atlético-GO
Atlético-GO e Avaí sempre estiveram entre os últimos colocados do campeonato, entretanto o time catarinense fez um segundo turno bom e quase conseguiu sair da zona de degola. O Coritiba foi uma bagunça o ano todo e colhe os frutos do mau planejamento.
Já sobre a Ponte Preta, minha análise é simples. Tinha um elenco bom o suficiente para ficar no meio da tabela. Foi finalista do Campeonato Paulista e fez um bom início de Brasileiro. Entretanto, só pelas cenas lamentáveis proporcionadas por alguns torcedores da macaca no jogo contra o Vitória, já valeria a queda para a Série B. Violência nunca é a resposta.
CHAPECOENSE
Nada merece mais destaque este ano do que a Chapecoense. Há um ano, a Arena Condá velava as vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas, na Colômbia. Agora, vibrava com a classificação para a Libertadores. Tudo bem, tecnicamente, a Chape se classificou para a Pré-Libertadores, mas isso pouco importa.
Em 2017, depois de perder praticamente o time e comissão técnica toda no fim de 2016, a Chapecoense, ainda se reestruturando, disputou o campeonato catarinense, a Libertadores (e só foi desclassificada por um erro administrativo), Recopa Sul-Americana, Copa Suruga, Copa do Brasil, Troféu Joan Gamper (contra o Barcelona) e o Brasileirão. Além do título estadual, garantiu o título simbólico do segundo turno do Brasileirão e a vaga na Pré-Libertadores.
Porém, nada será mais marcante do que a imagem que veio da Arena Condá nesse domingo. Durante a comemoração pela vaga na Pré-Libertadores, vimos Jackson Follman dirigindo o carrinho-maca, com Neto puxando a torcida no banco do carona e Ruschel pegando uma carona em pé celebrando. Viva a Chape!
Marcelo De Araujo Cruvinel
Não que mereça qualquer destaque, mas Vitoria e Sport ficaram sem retrospectivas. Kkkkkk
Marco Mascarenhas
É um ano pra ser esquecido pro Vitória