A Alemanha conquistou a Copa das Confederações nesse domingo (2), na Rússia. Mesmo jogando com um elenco basicamente formado por jovens ou jogadores que normalmente não tem chances na seleção, a Alemanha fez uma competição irrepreensível e venceu, na final, o Chile por 1 a 0.
A Alemanha é a melhor seleção do mundo. A geração alemã é fantástica. O cuidado que eles têm tanto no desenvolvimento dos jovens atletas, quanto na manutenção das estrelas é admirável. Isso não é novidade para ninguém e não começou agora. Mas, gostaria de chamar a atenção para um fator primordial do estilo de jogo alemão que ficou muito claro nessa final de Copa das Confederações: a eficiência.
O resumo do jogo pode ser definido em duas fases famosas de dois personagens diferentes do esporte brasileiro. “O Chile jogou como nunca e perdeu como sempre” de Galvão Bueno e “a bola pune” de Muricy Ramalho. O Chile jogou mais do que a Alemanha praticamente a partida toda. Terminou o jogo com 61% de posse de bola e 21 finalizações. Vou repetir. O Chile terminou o jogo contra a ALEMANHA com 61% de posse de bola e 21 finalizações. O goleiro da Alemanha, Marc-Andre Ter Stegen, fez oito defesas difíceis, contra apenas duas do goleiro chileno, Claudio Bravo. E o jogo terminou 1 a 0 para a Alemanha.
O Chile ainda teve a chance de empatar a partida nos acréscimos, mas Ter Stegen garantiu a vitória da Alemanha.
Por isso que no começo do texto eu disse que gostaria de falar sobre eficiência. A Alemanha, mesmo pressionada pelo Chile durante o jogo todo, tendo apenas 39% de posse de bola, finalizando apenas 8 vezes em 90 minutos, saiu de campo com a vitória e a taça. Não preciso falar sobre questões táticas, porque todos nós sabemos da qualidade técnica e tática dos alemães. Mas, às vezes, nos esquecemos de que a Alemanha joga como um predador mortal, rondando suas vítimas e esperando um erro para dar o bote. E o Chile errou uma vez. Foi mais do que suficiente.
Lars Stindl marcou o gol da vitória alemã, após Timo Werner recuperar a bola em erro da defesa chilena.
Parabéns para a Alemanha que venceu a Copa das Confederações pela primeira vez (e provavelmente a última, já que a FIFA deve extinguir o torneio). O conjunto alemão é muito bom, mas é preciso fazer menções honrosas a três jogadores: Marc-Andre Ter Stegen, Julian Draxler (eleito o melhor jogador da competição) e Timo Werner.
Apesar da derrota, é preciso enaltecer o Chile. Os chilenos fizeram uma partida excelente. Essa geração, capitaneada por Bravo, Vidal e Alexis Sanchez, chamada pelos torcedores chilenos de geração dourada, pode render ainda muitos frutos. Porém, o Chile precisa, urgentemente, de finalizadores. Criar jogadas, todo mundo já percebeu que eles conseguem. Agora, falta alguém para colocar a bola dentro da rede (os chilenos devem morrer de saudades de Iván Zamorano).
Pelo lado da Alemanha, não há muito mais o que dizer. Eles ainda são os melhores do mundo e mostraram, mais uma vez, os motivos. O treinador alemão, Joachim Löw, levou para a Copa das Confederações um elenco para ser testado. Ele volta para a Alemanha com a certeza de que tem um grupo muito mais forte do que era imaginado e com peças muito úteis que podem ser adicionadas ao elenco principal da Alemanha. Se já era uma das grandes favoritas para vencer a Copa do Mundo de 2018, agora, a Alemanha volta a ser a seleção a ser batida.
Marcelo De Araujo Cruvinel
O Chile tem um ótimo time, mas volta e meia apela para violência. Tem que parar com isso porque jogar com um a menos, especialmente em jogo eliminatório é complicado (é só lembrar da expulsão do Felipe melo contra a Holanda em 2010).
Marco Mascarenhas
A Alemanha vem forte para essa Copa da Rússia. Colocou o time reserva e mesmo assim ainda ganhou a competição.